quarta-feira, 6 de março de 2013

SOBH

Cliente: SOBH - Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte
Data: Dezembro de 2012
Demanda: Atualização do design da marca, normatização da identidade visual e papelaria básica.

A Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte é o maior órgão mineiro (e um dos maiores brasileiros) representante dos amantes das orquídeas. Longeva, a organização conta com mais de cinqüenta anos expondo e cultivando plantas e amizades. Não obstante, a marca de uma sociedade deveria ir além da mera representação do objeto (assim como poderia ser uma marca de um orquidário), intencionando a representação da união que se forma tanto entre orquidófilos quanto entre o orquidófilo e suas orquídeas.


A decisão mais difícil, portanto, foi de factualmente representar a orquídea. Com isso em mente, foram traçadas estratégias gráficas na construção da marca que pudessem deixar nas entrelinhas a ideia de "relações". Cada pétala é construída por cinco partes que se sobrepõem, sugerindo o laço, o fechamento, a dependência pelo todo das partes que o formam.

Outro conceito importante que teve que ser explorado foi a minuciosidade, a delicadeza, mas também a elegância da flor. Todo colecionador de orquídeas é completamente apaixonado com a sua coleção, fazendo com que o ofício se torne uma vaidade pessoal. O modo de construção e apresentação da marca, como uma exsicata (uma representação científica das pétalas de uma flor por inteiro), as curvas finas e as pontas ajudam nessa resolução, bem como as cores dentro da paleta do roxo, denotando nobreza, elegância e bom gosto.

Finalmente, a flor em si que foi escolhida foi a Catilleya Warnerii, uma orquídea nativa de Minas Gerais de enorme riqueza estética. Ela já era parte da marca antiga da SOBH como uma foto e continuou o seu legado na organização em uma representação estilizada.

Todos os outros elementos de identidade visual (tipografia, papelaria) seguem o conceito de organicidade e humanidade. Tanto seres humanos como plantas são orgânicos, são seres vivos, são diferenciados uns dos outros e, portanto, ricos. Curvas e riqueza cromática denotam isso na papelaria e nas tipografias institucionais.


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